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EDUCAÇÃO DE FILHOS NA PERSPECTIVA DE DEUS

Ao pensarmos na educação dos nossos filhos, na perspectiva cristã, devemos considerar uma premissa claramente revelada na Palavra de Deus. Há uma parte que é de Deus e outra que é dos pais. Em 2 Coríntios 5.18-21 temos a seguinte narrativa:  “Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, ou seja, que Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo, não lançando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a mensagem da reconciliação. Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio. Por amor a Cristo lhes suplicamos: Reconciliem-se com Deus. Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus”.

A partir desse texto podemos compreender que o Senhor realizou sua parte ao promover a reconciliação do homem consigo por meio do sacrifício expiatório do Cristo. A palavra de Deus também revela em João 16.7-8, em uma afirmação memorável de Jesus Cristo, que o Espírito Santo viria para convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo, assim que Ele retornasse ao Pai. A compreensão de qual é a parte de Deus continua sendo ampliada em Efésios 2.8 com a revelação de que a salvação é pela Graça, por meio da fé, e que é um dom de Deus. Em Romanos 10.17 temos mais uma maravilhosa notícia: que essa fé vem pelo ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a palavra de Cristo. A parte mais complexa depende exclusivamente do Senhor. E qual é a parte dos pais nessa missão? “… E nos deu o ministério da reconciliação”. A tarefa dos pais é anunciar a mensagem da reconciliação. Portanto, segundo o texto de 2 Coríntios 5.18-21, nós, pais, “somos embaixadores de Cristo”. É como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio: “Por amor a Cristo lhes suplicamos: Reconciliem-se com Deus”. Nossa missão é ainda mais elucidada em 1 Pedro 2.9: “Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”. Para que possamos ampliar a compreensão da complexidade de nossa missão, consideremos algumas afirmativas da Palavra de Deus sobre quem são os nossos filhos. Romanos 3.23 afirma: “todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus”, portanto nascem em estado de queda. Em Provérbios 22.15a, a Palavra nos afirma que a criança nasce com a tendência para praticar o mal: “A insensatez está ligada ao coração da criança”.

A verdade revelada nos textos acima, nos coloca em uma zona de desconforto, pois a paternidade é um desafio para a qual podemos nos sentir despreparados. Porém, o conforto vem quando lembramos que não estamos sós nessa missão.  A boa notícia é que o autor da vida, é também o autor de um manual de orientação que traz os padrões éticos necessários para uma educação bem-sucedida: a Bíblia. O apóstolo Paulo, diante do mesmo sentimento de incapacidade para realizar o seu ministério, nos apresenta uma palavra de conforto em 2 Coríntios 12.9-10: “Mas ele me disse: Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim. Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte”.

Outra boa notícia está em Gênesis 1.27: “criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Fomos criados com semelhança mental, moral e social com Ele. Por isso, nossos filhos são capazes de pensar e escolher, fazer escolhas racionais. Têm uma consciência. Deus é santo, levado pela própria natureza para resistir ao mal. De forma similar, nossos filhos não são moralmente passivos, mas estão dispostos a distinguir o que é certo do que é errado, o bom do que é mau. Podem saber escolher o que é certo. Precisamos ensiná-los.

Edson Rezende da Rocha